28 de junho de 2012

Tomando as rédeas do nosso destino: o papel de Deus no imaginário ocidental.


     No início do século XX, o físico alemão Albert Einstein nos mostrava o abraço insano do espaço e do espaço aumentando as nossas perspectivas acerca do Universo. Não muito antes o naturalista britânico Charles Darwin contrariava o pensamento ocidental ao mostra a sua Teoria da Evolução e fazendo com que homem descesse do pedestal onde foi colocado pelo pensamento religioso, que afirmava que um deus nos havia criado como seres superiores sobre todas as outras formas de vida.
     Esses dois exemplos nos mostram o objetivo da Ciência: descobrir a realidade oculta que revela o nosso passado e, sem dúvida o nosso próprio futuro, nos tornando mais humildes e mudando assim o nosso caráter, pois quanto mais aprendemos mais questões surgem e lá vamos nós de novo tentando solucioná-las.
     Mas você já parou para pensar porque queremos descobrir cada vez mais e mais sobre nós mesmos? Tudo tem a ver com razão. A nossa principal característica, o cérebro capaz de captar, armazenar e fabricar grande quantidade e informações , nos impele a descobrir o sentido de tudo e com ele a resposta para uma questão existencial: Seríamos somente mais uma forma de vida no planeta ou nossa existência possui um propósito maior?
     Os cientistas já forneceram essa resposta: o homem está procurando compreender a realidade em sua totalidade. É óbvio se percebermos que queremos um dia saber a verdade oculta em nós e em tudo que está ao nosso redor.
     Porém, o próprio homem se forneceu uma segunda forma de decifrar a questão da existência. A religião afirma que a existência provém da vontade de um deus e que ele a criou, e que nada senão o vazio e o obscuro havia antes dele.
     Mas porque conceber uma ideia tão simples para explicar algo tão complexo? Fico pensando se não é uma certa preguiça de ir além daquilo que não exige muita razão mas algo que os teístas chamam de fé, a velha fé no ser superior que nos criou, que é o princípio e fim de todas as coisas.
     Porque não pensar a Terra como nosso templo sagrado com sua grande cúpula azul que o homem observa incessantemente coo forma de responder as suas tantas perguntas?
     O homem criou Deus a partir do medo do desconhecido. Quando o homem não sabia a origem, logo atribuía a essa entidade. Daí surgiram os deuses ou deusas: da chuva, do trovão, da fertilidade entre outros tantos, cultuados durante milênios por diversas civilizações.
     O monoteísmo foi pensado pelo faraó Amenófis IV, que instituiu durante seu reinado o culto ao deus Aton (uma forma do deus Amon) representado como um disco solar que nos baixos-relevos do período é representado soltando vários raios que terminam nas mãos do faraó, que seria seu representante na terra. Porém depois da morte de Amenófis IV a antiga religião politeísta foi restaurada.
     O Judaísmo, religião da qual mais tarde derivaria o Cristianismo, afirma haver um só deus cujo nome é traduzido como Javé ou Jeová, que seria criador do Universo, libertador do povo hebreu do cativeiro no Egito e quem deu a Moisés os dez mandamentos. Porém não podemos dizer que ele é bom, inúmeras passagens na Torá e demais livros que atualmente compõem a Bíblia o mostram como um deus vingativo, disposto atestar os homens e que quer sente uma vontade imensa de ser adorado a qualquer momento.  Alguns acadêmicos afirmam ser Javé um dos deuses da religião semita, esposo da deusa Aserá, que depois de algum tempo ganhou destaque e passou a ter um culto único, ou até mesmo uma fusão de personalidades de diversos deuses pagãos cultuados no Oriente Próximo.
     Vemos todos os dias na TV, notícias de exploração de pessoas por parte de líderes religiosos que se usam desse ser historicamente construído para beneficio próprio o que nos faz pensar que a Psicologia evoluiu bastante no conhecimento da mente para as pessoas ainda buscar soluções para seus dramas e para os dramas da humanidade em templos por meio de rituais e preces.
     Sendo assim para que acreditar em textos aos quais não se pode provar a veracidade e que só podem ser lendas de povos antigos que ainda hoje acreditamos? Confiar em nossas capacidades ainda hoje é a maior saída para os nossos problemas e para a busca de nossas respostas. A capacidade do homem de ser autor do seu destino fará com que ele progrida tanto no plano material quanto ético.
     Os grandes homens nos mostram que a felicidade consiste em trabalhar para o bem-estar humano e para que um dia nossa civilização alcance um estado de paz e de igualdade entre todos os seres.
Isso é possível? Sim. Basta revermos as nossas crenças e procurarmos mudar a forma com que vemos o mundo. Se o olharmos como algo que não tem mais conserto e que só mesmo um enviado divino poderá nos salvar, nossa crença nos colocará sentados à espera de um sinal dos céus mas, se procurarmos ver o mundo com mais otimismo, sabendo que o homem ainda é um novato em comparação a vida do nosso planeta, saberemos que ainda há muito o que evoluir mas que isso não ocorre do dia para a noite mas que se tomarmos as rédeas do nosso destino, que até agora estavam nas mãos de um ser invisível, lograremos grandes feitos em prol do aperfeiçoamento do ser humano.

Bruno Camargo dos Santos, licenciando em História pela Universidade de Sorocaba

10 de junho de 2012

Pensamentos mais humanos: a paz como um trabalho conjunto.


''Devemos ser a mudança que queremos do mundo.'' - Gandhi

Todos os dias somos bombardeados com dezenas de opiniões acerca de variados assuntos, pois é de nossa natureza falar aquilo que achamos sobre a realidade da qual fazemos parte. Porém os embates não ocorrem somente na forma de diálogo. Vemos toda forma de violência nas ruas e dentro do círculo familiar, desde um simples tapa que um pai dá em seu filho até a esposa que mata o marido de modo cruel e o retalha colocando-o em um saco.
Os milênios de evolução intelectual parecem não terem nos favorecido no campo da ética e da moral, o que mostra que somos tão animais quanto o primeiro primata que desceu das árvores e se pôs a procurar seu alimento nas savanas da África. Uma pergunta deveria pairar sobre nossas cabeças: Será que somente o progresso no campo da Técnica e da Ciência nos basta?
O caso do pai que abraçou o filho na rua e foi espancado por meliantes que achavam que estes eram homossexuais já caiu no esquecimento bem como os dos muitos homossexuais que foram espancados pelas ruas das grandes e pequenas cidades brasileiras.
Nesse panorama de filme de terror, que a população alienada só se depara quando assiste ao programa do Datena, não roubaram o meu relógio, mas a nossa liberdade de sair às ruas sem nos preocupar que o tigre da violência decorrente da desigualdade venha ceifar nossas vidas nessa savana urbana.
E nisso tanta coisa tão torpe tenho tido que escutar, até uma frase que de tão característica do senso comum que parece ter sido tirada da boca de um ‘’herói’’ do Big Brother: Todo político é corrupto, e só se tornar para se corromper. E eu pergunto: Você se corromperia? E a pessoa não sabe responder.
A corrupção também é uma violência, contra a mãe que quer melhor educação para o filho, o deficiente que quer melhorias urbanas enfim, contra a sociedade toda. Porém esta é uma violência aceita, pois no Brasil a esperança, pelo menos da perspectiva de parte do povo, parece estar morta.
Chamamos o rico de burguês, mas compramos um tablet ou qualquer parafernália do tipo sem saber que elas são montadas por uma criança num país da Ásia. Mas enquanto isso persiste nossa discussão tola de direita contra esquerda, e nos esquecemos que todos nós somos humanos e que o planeta sucumbe pela nossa incompetência em geri-lo.
Se pensarmos além das divisões sociais que nós mesmos nos impomos, veremos que cada um de nós é uma célula que compõem esse todo ao qual chamamos Terra. Nós e todos os ecossistemas somos um organismo vivo que padece de um câncer e para tratá-lo todos terão de se mobilizar, pois essa doença pode custar a nossa vida.
Essa consciência planetária pode soar um tanto New Age, mas o mundo está começando a voltar-se para ela. O que você veste, come, fala e o modo com que você age começa a ser ligado a um plano maior. Diria que estamos voltando à infância quando nossa mãe nos dizia do perigo que é jogar papel na rua.
Porém os mais apressados acham que podem mudar o mundo da noite para o dia. Nada no mundo ocorre desta maneira, tudo é um processo porque até mesmos nós somos seres inacabados. E por fim chamo o velho Lennon à mesa para papear comigo como fazem os historiadores e digo a ele: Não meu caro, você estava errado, o sonho não acabou; a humanidade um dia viverá em paz.

Bruno Camargo dos Santos, licenciando em História pela Universidade de Sorocaba.


7 de junho de 2012

Programa Grandes Livros: Os Lusíadas de Luís de Camões - RTP

Grandes Livros visa contribuir para a promoção da leitura das grandes obras da literatura portuguesa junto de todas as faixas etárias de falantes de português. Cada episódio conta com a participação dos principais especialistas na obra e/ou no autor em análise, recriações do autor e da sua obra.





3 de junho de 2012

Documentário: Conheça a sua carne (Meet your meat)

Documentário produzido pela PETA - People for the Ethical Treatment of Animal (Pessoas pelo Tratamento Ético dos Animais) mostrando o tratamento dado aos animais no abatedouro.

Documentário: A carne é fraca.

 Documentário produzido pelo Instituto Nina Rosa sobre os impactos ambientais, sociais, aos próprios animais e a saúde humana.