Olá meus caros,
Em meu primeiro post no blog, venho compartilhar de um momento no qual a cidade onde eu moro está passando:
No dia 16 de agosto, São Roque completa 355 anos, e para isso, pensei que seria interessante resgatar a História da cidade.
Enfim, espero de coração que gostem.
Boa leitura.
A HISTÓRIA:
A cidade de São Roque foi
fundada no dia 16 de agosto de 1657, mas começou como uma grande fazenda do
capitão paulista Pedro Vaz de Barros, que pertencia a uma família de
bandeirantes e sertanistas. Vaz de Barros também participou de diversas
Bandeiras.
O fundador da cidade, também conhecido como Vaz
Guaçú, contava com aproximadamente 1200 índios que trabalhavam em suas terras,
onde eram cultivados trigo e uva. A cidade recebeu o nome São Roque devido a devoção de seu fundador por este santo. Atraído pela região, estabeleceu-se com sua família as margens dos ribeirões Carambeí e Aracaí. Mais tarde, imigrantes italianos e portugueses cobriram as encostas dos morros com vinhedos, instalaram suas adegas e transformaram São Roque na famosa "Terra do Vinho".
Em 1681, Fernão Paes de Barros, irmão do fundador, constrói a Casa Grande e a Capela de Santo Antonio, em taipa de pilão, vindo esta a servir como parada e pousada dos Bandeirantes, que desciam o Rio Tietê em busca de ouro e esmeraldas. Em 1945, foi restaurada pelo Serviço do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, a pedido do escritor Mario de
Andrade, dono da propriedade.
Após um período difícil, o povoado originado por
Pedro Vaz foi elevado à categoria de Freguesia no dia 15 de agosto de 1768,
recebendo o nome de São Roque do Carambeí. Já no dia 10 de julho de 1832, a
Freguesia foi elevada à categoria de Vila, mas o progresso do local só começou
em 1838, quando começaram as lavouras de milho, algodão, arroz, mandioca e
farinha de mandioca, cana de açúcar e derivados, legumes e verduras.
Em março de 1846, seis anos após instalar-se na
vila o destacamento da Guarda Nacional, Dom Pedro II e uma pequena comitiva
permaneceram um dia na cidade de São Roque. Com a passagem de Dom Pedro II, Antônio
Joaquim começou a se destacar no cenário político e, graças ao morador ilustre,
São Roque foi elevada à categoria de cidade no dia 22 de abril de 1864.
Já em 1875 foi inaugurada a E.F. Sorocabana, que
ligou a cidade de São Paulo a São Roque e Sorocaba. Após alguns anos, em 1884,
começou a grande chegada de imigrantes à cidade, fazendo com que as vinícolas
apareçam novamente e ganhou força nos anos seguintes. Em 1924 a cidade já
contava com 17300 habitantes e foram produzidos 10 mil litros de vinho a safra
do ano.
Em 1990, devido ao seu grande potencial no cenário
histórico, artístico, ecológico e cultural, São Roque foi transformada em
Estância Turística.
O PADROEIRO:
São Roque (1295 d.c – 1327 d.c) é um santo da Igreja Católica Romana, protege contra a peste e é padroeiro dos inválidos e cirurgiões. É também considerado por algumas comunidades católicas como protetor do gado contra doenças contagiosas. A sua popularidade, devido à intercessão contra a peste, é grande sendo orago de múltiplas comunidades em todo o mundo católico e padroeiro de diversas profissões ligadas à medicina, ao tratamento de animais e dos seus produtos e aos cães. A sua festa celebra-se no dia 16 de Agosto.
Não existem grandes certezas sobre a vida de São Roque, permanecendo a maior partes dos seus dados bibliográficos envolvidos em mistério. Até o seu verdadeiro nome é desconhecido, já que Roch (aportuguesado para Roque) seria o seu nome de família e não o nome de batismo (segundo documentos do século XII). Embora haja considerável variação nas datas apontadas para o seu nascimento e morte, Roque teria nascido em Montpellier, França, por volta de 1350, e falecido na mesma cidade em 1379. Sabe-se, contudo que teria falecido jovem.
Era filho de um mercador rico, de nome João, que teria funções de governante na cidade, e sua mulher Libéria. São Roque estava ligada a famílias importantes de Montpellier, sendo herdeiro de considerável fortuna. Diz a lenda, que Roque teria nascido com um sinal em forma de cruz avermelhada na pele do peito, o que o predestinaria à santidade. Roque teria ficado órfão de pai e mãe muito jovem, sendo a sua educação confiada a um tio. Estudou medicina na sua cidade natal, mas não concluiu os estudos. Levando desde muito cedo uma vida ascética e praticando a caridade para com os menos afortunados, ao atingir a maioridade, por volta dos 20 anos, resolveu distribuir todos os seus bens aos pobres, deixando uma pequena parte confiada ao tio, e em seguida partindo em peregrinação a Roma. No decorrer da viagem, ao chegar à cidade de Acquapendente, próxima de Viterbo, encontrou-a infestada pela peste. De imediato ofereceu-se como voluntário na assistência aos doentes, operando suas primeiras curas milagrosas, usando apenas um escalpelo e o sinal da cruz. Em seguida visitou Cesena e outras cidades vizinhas, Mântua, Modena, Parma, e muitas outras cidades e aldeias. Onde surgia um foco de peste, lá estava Roque ajudando e curando os doentes, revelando-se cada vez mais como místico e taumaturgo.
Depois de visitar Roma, onde rezava diariamente sobre o túmulo de São Pedro e onde também curou vítimas da peste, na viagem de volta para Montpellier, ao chegar a Piacenza, foi ele próprio contagiado pela doença, o que o impediu de prosseguir a sua obra de assistência. Para não contagiar alguém, isolou-se na floresta próxima daquela cidade, onde, diz a lenda, teria morrido de fome se um cão não lhe trouxesse diariamente um pão e se da terra não tivesse nascido uma fonte de água com a qual matava a sede. O cão pertencia a um homem rico, chamado Gottardo Pollastrelli, que percebendo a miraculosa presença de Roque, o ajudou, sendo por ele convertido a emendar a sua má vida. Milagrosamente curado, regressou a Montpellier, mas logo foi preso e levado diante do governador. Roque foi considerado um espião e passou alguns anos numa prisão até morrer, abandonado e esquecido por todos, só sendo reconhecido depois de morto, pela cruz que tinha marcada no peito. Embora não haja consenso sobre o local do evento, parece certo que ele morreu na prisão, depois de um largo período de encarceramento. Descoberta a cruz no peito, a fama da sua santidade rapidamente se espalhou por todo o sul de França e pelo norte da Itália, sendo-lhe atribuídos numerosos milagres. Passou a ser invocado em casos de epidemia, popularizando-se como o protetor da peste e da pestilência. O primeiro milagre póstumo que lhe é atribuído foi a cura do seu carcereiro, que se chamavaa Justino e coxeava. Ao tocar com a perna no corpo de Roque, para verificar se estaria realmente morto, a perna ficou milagrosamente curada. Embora sem provas que o consubstanciem, afirma-se que Roque terá pertencido à Ordem Terceira de São Francisco. São Roque é geralmente representado em trajes de peregrino, por vezes com a vestimenta típica dos peregrinos de Compostela, e com um longo bordão do qual pende uma cabaça. Um dos joelhos é geralmente mostrado desnudado, sendo visível uma ferida (bubão da peste). Por vezes é acompanhado por um cão, que aparece a seu lado trazendo-lhe na boca um pão.
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